De Slakkos Abonos - Reconstrucionismo Celta
O primeiro passo no Caminho do Guerreiro é desaprender a realidade aparente e secular. E reaprender a realidade mítica. Guerreiro é aquele que vive no tempo "mítico", no espaço multidimensional. Com véus de névoa a um passo de distância. Que reconhece os deuses, ancestrais e demais seres da natureza como reais, amistosos e hostis. Um guerreiro não tem a audácia de achar que deuses são manifestações de sua própria mente e seu próprio ego, porque não precisa se sentir no domínio e comando das forças da natureza para sentir-se seguro. Ao contrário, o guerreiro admite, contempla, interagi, cria laços e desavenças, e, se preciso, luta por elas e contra elas. Teme e admira a natureza e suas forças, mas não a subestima, e sim respeita. Guerreiros não são aqueles cujo caminho é buscar domínio sobre o cosmos, sobre seus medos. Guerreiros também respeitam o medo, porque vivem de aventuras. Sem aventura não há feito heróico. Sem medo não há aventura. Com a ilusão de um mundo ordenado e obediente à mente, não há aventura, não há possibilidade de opositores mais fortes, há apenas o conforto de ser seu próprio inimigo. Um guerreiro não é inimigo de si próprio, oras. Isto é mal aproveitamento de tempo por parte de achólogos de psicologia e ocultismo modernos e medrosos. Guerreiros têm tarefas a cumprir, não "se fresqueiam". Não blindam a mente e nem o coração. Não se individualizam. Estão por sua tribo e seus laços de lealdade. Mesmo porque, sem esses, aonde mais encontrarão uma peleia?
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