E nuvens negras cobrem o céu, enquanto a tempestade ganha forma e eu posso vê-la.
De pé em cima de um morro, o vento, suave brinca com seus cabelos.
Ouço o som de corvos, mas sem vê-los.
Sua roupa negra como seus olhos, seus cabelos.
Na mão esquerda o escudo cobre seu peito.
Na direita a espada que empunha aponta para o chão, firme, pronta para a batalha.
Mas seu rosto é suave e sereno e mesmo pronta para a batalha ela está em paz e tranquila.
Pois em seu intimo ela sabe que lutar é tão natural quanto não lutar e que muitas vezes isso independe das escolhas que fazemos na vida, simplesmente acontece.
Em seus olhos negos e serenos procuro respostas, procuro entender o que ela quer me dizer.
Mas eu ainda não consigo compreender o que ela quer de mim.
Ainda não consigo me concentrar o bastante para escutar a sua voz.
Então tento entender os seus sinais.
Enquanto isso sua imagem não me sai da cabeça.
Sozinha em pé em cima desse morro esperando que eu me poste ao seu lado como filho dela que sou, para batalhar junto com ela.
E eu sei que como filho e sacerdote dela eu estarei ao seu lado, também pronto para a batalha e em paz.
Te amo Morrigan, minha Deusa e Minha mãe.